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O primeiro título brasileiro do Tricolor
05/03 - 14h27

Há 41 anos, exatamente no dia 5 de março de 1978, o São Paulo sagrou-se campeão brasileiro pela primeira vez, levando para o Morumbi o troféu relativo ao ano de 1977. Foi uma jornada árdua, onde o time deixou o posto de azarão do torneio para assentar-se no degrau mais alto do pódio, superando cada favorito do momento, um adversário bicampeão brasileiro e um rival de melhor campanha, na casa dele, em jogo único, nos pênaltis, após começar errando as duas primeiras cobranças!

Foi a definição exata da alcunha que o Tricolor carrega desde que foi reorganizado, em 1935: O Clube da Fé.

Para celebrar os 41 anos dessa conquista essencial para o que o próprio clube é hoje, relembre os nomes, os jogos e os principais fatos do primeiro campeonato nacional vencido pelo São Paulo:

A competição foi longa, apesar de começar tardiamente (em outubro de 1977). Não necessariamente pelo número de jogos, mas pelas fases e mais fases para se decidir o título. Na primeira etapa, o São Paulo se classificou em segundo lugar, com dezoito pontos, em um grupo de dez times (ficou dois pontos atrás do Palmeiras). Na fase seguinte, novamente se classificou no segundo posto, com sete pontos ganhos (desta vez atrás do Corinthians, também com dois pontos de diferença) mas com uma sonora goleada no então bicampeão e favorito Internacional: 4 a 1 em Porto Alegre - dois gols de Serginho, um de Zé Sérgio e um de Teodoro.

Na terceira fase, a vaga para a semifinal foi conquistada com o primeiro lugar do grupo, 11 pontos, quatro a mais que o segundo lugar, Grêmio: uma boa campanha de três vitórias, um empate e somente uma derrota - para o Botafogo de Ribeirão Preto, 0 x 1. Naquela partida, descontrolado por ter um gol seu anulado, Serginho deu um pontapé no bandeirinha. Julgado e punido, o atacante passaria por uma situação inusitada na decisão do campeonato.

Então, nas semifinais, um confronto inesperado: Operário de Campo Grande (MS), que havia deixado para trás o Santa Cruz, Remo e Palmeiras. Primeira partida da série ida e volta em um Morumbi lotado (recorde de público do São Paulo até hoje em jogos pelo Campeonato Brasileiro: 109.584 pessoas), pressão e jogo apertado até os 32 minutos do segundo tempo, quando Serginho inaugurou o placar. A porteira se abriu e a partida encerrou-se com 3 a 0 a favor do Tricolor (Neca e Serginho, novamente, completaram o placar).

Com a boa vantagem acumulada, a derrota fora de casa por 1 a 0 no jogo de volta não atrapalhou. Era a hora da grande final. Mas antes, o oponente dessa decisão viria do vencedor de Londrina (que antes eliminara Vasco da Gama, Corinthians, Santos e Flamengo) e Atlético Mineiro (que por sua vez superou Botafogo, Bahia e Cruzeiro). Invicto, o time de Minas Gerais não encontrou dificuldades para derrubar a surpresa da competição, após uma vitória por 4 a 2 e um empate em 2 a 2.

Desta maneira. São Paulo e Atlético Mineiro decidiram o Brasileirão de 1977. O Galo lutou pelo título atuando em casa, em um jogo único, pelo fato de ter acumulada a melhor campanha em todas as fases anteriores do torneio (20 jogos, 17 vitórias, 3 empates). O Tricolor chegou à final com um cartel mais modesto, mas ainda de respeito (13 vitórias, 3 empates, 4 derrotas). O grande trunfo são-paulino, contudo, era a defesa. Com apenas 15 gols sofridos, ela era ligeiramente melhor que a do adversário (16).

Apesar da desvantagem, os tricolores estavam confiantes pela inédita conquista, tanto que viajaram, em peso, para Belo Horizonte a fim de apoiar o São Paulo de perto, na noite que poderia ser histórica: 50 ônibus repletos de fé.

Os dois mil são-paulinos, contudo, estavam diante de mais de 100 mil atleticanos em um Mineirão em ebulição (com público pagante de 102.974 pessoas - menos que no Morumbi, na rodada anterior).

O clima nos bastidores era tenso. Se o São Paulo não teria Serginho, suspenso pelo STJD depois da semifinal, pelo ataque ao bandeirinha do jogo contra o Botinha, o Atlético não teria também Reinaldo, suspenso pelo colegiado por expulsão contra o Fast de Manaus. A guerra psicológica foi adotada por ambos os lados e ameaças de efeitos suspensivos eram as pautas do dia.

Rubens Minelli - também impedido de exercer normalmente as funções dele desde o segundo jogo da semifinal (teve que passar instruções via rádio para o auxiliar Mário Juliato, no banco) -, então ousou, mandou que, de última hora, Serginho fosse à Belo Horizonte para ser integrado ao restante do grupo e que aparecesse no vestiário paramentado com o uniforme de jogo. Foi aquele alvoroço! A imprensa achou que o Tricolor havia de fato conseguido o efeito suspensivo.

Desconcentrados pelo diz-que-me-diz dos corredores, os mineiros subiram ao campo e foram surpreendidos pela melhor postura dos jogadores do São Paulo, que tiveram as melhores chances de gol durante o jogo: Viana acertou o travessão durante o tempo regulamentar e o zagueiro Márcio salvou em cima da linha um cabeceio de Chicão, na prorrogação.

Como o placar não foi alterado no tempo regulamentar, a decisão seria então sob a pressão dos pênaltis. O primeiro a bater foi o tricolor Getúlio, ex-jogador do Atlético. Resoluto, correu devagar, tocou forte na bola, mas veio a defesa de João Leite. A decisão não começou bem para o São Paulo.

Foi a vez, então, de Toninho Cerezo bater, apoiado por mais de cem mil vozes aos gritos de "Galô, Galô, Galô". Chutou, chutou alto, acima de Waldir Peres, acima do travessão: para fora! A esperança tricolor de sair à frente agora estava na cobrança de Chicão, o capitão do time, o "Deus da Raça" são-paulino. Chicão correu e... escorregou. João Leite defendeu.

1977-b.jpg(Foto: Arquivo AE)

O título parecia escapar por entre os dedos. Ziza colocou o time de Minas à frente. Peres depois empatou, 1 a 1. Alves recolocou, na sequência o Atlético na liderança.

Antenor acertou o gol para o Tricolor. Se Joãozinho Paulista marcasse a cobrança seria muito difícil para o São Paulo recuperar. Waldir Peres então se destacou, herói, quando o adversário ajeitava a bola para a cobrança: deixou sua meta e foi ter-se com ele, tirou a bola do lugar e o provocou. Pressionado, Joãozinho mandou a bola nas alturas e manteve o empate...

Bezerra, são-paulino, marcou o seu. Que virada! Que reviravolta na decisão. Agora Márcio, aquele que salvara o galo durante a partida, teria a responsabilidade de manter o Atlético vivo na disputa. Waldir Peres então pegou pesado: deu um tapinha nas nádegas do zagueiro como se o eximisse da responsabilidade - o que obviamente teve o efeito contrário. Cobrança executada e... Novamente, bola lá em cima, fora do gol!

Acabou! Assim, Chicão ergueu a taça e o São Paulo assim sagrou-se Campeão Brasileiro pela primeira vez! A primeira de muitas vezes do maior campeão da competição. Um bom retrospecto para aquele que largara como zebra.Uma zebra tricolor.

A FICHA DA DECISÃO

05.03.1978. Belo Horizonte (MG), Estádio Governador Magalhães Pinto
Clube ATLÉTICO MINEIRO 0 X 0 SÃO PAULO Futebol Clube
Tempo normal: 0 x 0; Prorrogação: 0 x 0; Pênaltis: 3 x 2 para o SPFC.

SPFC: Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão (capitão), Teodoro (Peres) e Darío Pereyra; Viana (Neca), Mirandinha e Zé Sergio. Técnico: Rubens Minelli.

CAM: João Leite, Alves, Márcio, Vantuir e Valdemir, Toninho Cerezo, Ângelo e Marcelo (Paulo Isidoro), Serginho, Caio (Joãozinho Paulista) e Ziza. Técnico: Barbatana.

Árbitro: Arnaldo David Cezar Coelho
Renda: CR$ 6.857.080,00
Público: 102.974 pagantes.

A SÉRIE DE PÊNALTIS

Getúlio - perdeu (João Leite) / Toninho Cerezo - perdeu (por cima)
Chicão - perdeu (João Leite) / Ziza - gol
Peres - gol / Alves - gol
Antenor - gol / Joãozinho Paulista - perdeu (cima)
Bezerra - gol / Márcio - perdeu (por cima).

A CAMPANHA

Primeira Fase
16.10.1977 – 1 X 0 – Clube NÁUTICO Capibaribe (PE)
19.10.1977 – 2 X 0 – BOTAFOGO Futebol Clube (PB)
23.10.1977 – 0 X 0 – CSA – Centro Sportivo Alagoano (AL)
02.11.1977 – 1 X 1 – Esporte Clube XV de Novembro (Piracicaba – SP)
06.11.1977 – 0 X 2 – Sociedade Esportiva PALMEIRAS (SP)
13.11.1977 – 1 X 0 – SANTA CRUZ Futebol Clube (PE)
16.11.1977 – 3 X 0 – TREZE Futebol Clube (PB)
23.11.1977 – 2 X 0 – SPORT Clube do RECIFE (PE)
26.11.1977 – 4 X 0 – CRB – Clube de Regatas Brasil (AL)

Segunda Fase
04.12.1977 – 0 X 2 – Sport Club CORINTHIANS Paulista (SP)
07.12.1977 – 5 X 0 – BRASÍLIA Esporte Clube (DF)
11.12.1977 – 4 X 1 – Sport Club INTERNACIONAL (RS)
18.12.1977 – 0 X 0 – AMÉRICA Futebol Clube (RJ)

Terceira Fase
28.01.1978 – 4 X 2 – Esporte Clube XV de Novembro (Piracicaba – SP)
01.02.1978 – 3 X 1 – Associação Atlética PONTE PRETA (SP)
12.02.1978 – 0 X 1 – BOTAFOGO Futebol Clube (Ribeirão Preto – SP)
15.02.1978 – 4 X 3 – SPORT Clube do RECIFE (PE)
19.02.1978 – 3 X 1 – GRÊMIO Foot-Ball Porto Alegrense (RS)

Semifinais
26.02.1978 – 3 X 0 – OPERÁRIO Futebol Clube (MS)
01.03.1978 – 0 X 1 – OPERÁRIO Futebol Clube (MS)

Final
05.03.1978 – 0 X 0 – Clube ATLÉTICO MINEIRO (MG) 3 X 2 pen.

O TÉCNICO VENCEDOR

Rubens Minelli havia sido campeão brasileiro nas duas temporadas anteriores pelo Internacional. Foi contratado, então, a peso de ouro, para guiar o Tricolor na busca do primeiro torneio nacional do clube. O que poucos sabem é que essa vitoriosa trajetória não havia sido a primeira passagem dele no São Paulo. Minelli havia sido, também, atleta juvenil do Mais Querido, atuando de ponta esquerda. Jogou também por Ypiranga, Nacional e Taubaté. Dentro de campo teve que encerrar a carreira com apenas 27 anos, por uma fratura na perna esquerda enquanto defendia as cores do São Bento de Sorocaba.

Iniciou o percurso de treinador comandando times universitários e, logo depois, de categorias de base. A primeira equipe profissional sob comando dele foi o América de São José de Rio Preto, onde brevemente conquistou a 2ª divisão estadual e despontou na profissão. Foi o único técnico tricampeão consecutivo do Campeonato Brasileiro até Muricy Ramalho - que foi comandado por ele, enquanto jogador - realizar o mesmo feito, entre 2006 e 2008.

Ao todo, liderou o time são-paulino em 166 partidas, possuindo 79 vitórias, 47 empates e 40 derrotas, obtendo, assim, 57% de aproveitamento e sendo o sétimo treinador que mais vezes esteve no comando do Tricolor.

A ARTILHARIA GERAL

1º - 28 GOLS: Reinaldo (Atlético-MG)
2º - 18 GOLS: Serginho (São Paulo)
3º - 14 GOLS: Nunes (Santa Cruz)
4º - 12 GOLS: Brandão (Londrina), Jorge Mendonça (Palmeiras) e Bira (Remo)
7º - 10 GOLS: Mendonça (Botafogo), Zico (Flamengo), Toninho (Palmeiras) e Fumanchu (Santa Cruz)
11º - 9 GOLS: Sócrates (Botafogo-SP), Bill (Goiânia), André Catimba (Grêmio) e Cabecinha (Sampaio Corrêa)
15º - 8 GOLS: Aloísio (América-RN), Nílson Dias (Botafogo-RJ), Dirceu (CRB), Roberto César (Operário/CG-MT) e Miltão (Sport)
20º - 7 GOLS: Freitas (Bahia), Gil (Botafogo), Geraldão e Romeu (Corinthians), Revetria (Cruzeiro), Corinto (Desportiva), Gonçalves (Desportiva), Lincoln (Goiás), Carlos Alberto Garcia (Londrina), Everaldo (Operário/CG-MT), Sima (Ríver), Neca (São Paulo) e Roberto Dinamite (Vasco).

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