Carpini exalta entrega do São Paulo após empate
17/02 - 22h14
O São Paulo empatou por 2 a 2 com o Red Bull Bragantino na noite deste sábado, pela nona rodada do Campeonato Paulista. O Tricolor, por pouco, não saiu com a vitória. Após o duelo, o técnico Thiago Carpini exaltou a entrega de sua equipe, aplaudida ao final do jogo, e explicou a decisão de começar com Erick no banco. "Mix de emoções. Não tem jeito, a atmosfera é muito contagiada em cima do resultado da partida. Apesar de nós, enquanto profissionais, avaliarmos outros aspectos. Tivemos de tudo, início ruim, apesar de que antes do gol tivemos duas chances claras, faltam detalhes, um pouco de entrosamento. por estar tendo que modificar por necessidade. Não conseguimos nos encontrar depois do gol, a equipe adversária foi melhor. É compreensível a chateação do torcedor e a nossa, só nós sabemos como foi nosso vestiário. O São Paulo voltou melhor, criando situações. Um empate que parecia aquele momento coisa improvável apesar de termos criados muitas chances no segundo tempo. Pela circunstâncias do jogo, o empate se dava por satisfeito. Depois, conseguimos o gol da virada", disse Carpini.
"Minha comemoração foi uma maneira de extravasar o que esses caras estão sentindo, o Calleri, Pablo, Alisson, Arboleda, Welington. Eles só estavam em campo hoje porque são eles. São guerreiros, valentes. Não treinamos de quarta para cá. O cansaço foi muito acentuado. O risco de perder mais atletas foi muito grande. Em cima disso, não temos como treinar, a ideia é mexer o mínimo possível e rodar atletas com volume de jogo um pouco menor, de volume de carga menor, para tentar equilibrar a parte física. Fica o sentimento final daquele gol daquela maneira, mas prefiro valorizar o ponto, a entrega, competitividade mais uma vez e enaltecer nosso torcedor. Acabamos com frustração, como se fosse uma derrota. Já se fosse 1 a 1, teríamos valorizado muito mais, são circunstâncias do jogo. Para aplaudir do jeito que aplaudir, viram o tamanho da entrega. Tiveram erros, limitações, dificuldades, faz parte do processo", continuou.
Erick entrou no segundo tempo e foi quem deu um gás para a equipe. Primeiro, fez o gol de empate do Tricolor, e em seguida a assistência para Calleri, que fez o segundo. Pouco depois da virada, porém, o Bragantino buscou a igualdade, nos minutos finais. Resultado: 2 a 2. O treinador revelou que o atacante não treinou nos últimos dias devido a um inchaço no joelho.
"Uma coisa que o torcedor e vocês não têm pós-pandemia é o dia a dia e é o que sustenta. O Erick, eu vi que entrou muito bem nesse jogo e no anterior, mas não treinou nesses dois dias, estava com o joelho muito inchado por uma entrada, talvez não tivesse condições de jogar, fez trabalhos, não foi a campo para poder sacrificar hoje e participar um pouco. Quais escolhas que temos mediante a sete jogadores no DM? Utilizar o que temos de melhor. O Nikão é funcionário do São Paulo. Estamos tentando resgatar o Nikão, atleta e ser humano. Entendemos a chateação do torcedor, respeita, do Nikão também. Vamos continuar dando carinho, atenção. O nosso desafio é ganhar cada atleta que já está no elenco. Grande partida do Ferreira, ótima entrada do Erick. O Nikão criou situações, deu duas assistências nessa competição e fez um primeiro tempo taticamente de decisão interessante, contra o Palmeiras. Tem erros acertos. Essa questão da lua de mel daqui pouco volta de novo, só as vitórias acontecerem, buscarmos nosso objetivo. O torcedor quer vencer o tempo todo e nós também, trabalhamos para isso As críticas fazem parte, me fazem refletir", finalizou Carpini.
O treinador tem tido muitas dores de cabeça para formar sua escalação ideal a cada jogo. Por desfalques, Carpini não conseguiu repetir nenhum time. Para o duelo contra o Bragantino, por exemplo, tinha sete jogadores no Departamento Médico e precisou atuar com um lateral direito improvisado.
Agora, Carpini, à frente do São Paulo, terá uma semana livre, sem jogos, para se preparar para o próximo compromisso. O Tricolor volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Guarani, às 18 horas (de Brasília), em Campinas. A equipe são-paulina tem 14 pontos e é líder do Grupo D.
