Desde meu último editorial muita coisa aconteceu. De uma Copa do Mundo com pouco brilho para todos e, em especial para o Brasil, até mais uma final da Libertadores para nossa história.
Infelizmente para aqueles que não torcem para nós, o vice-campeonato não abalou a confiança em nossa equipe. Pelo contrário, se não reforçou nosso perfil vitorioso acentuou ainda mais uma de nossas maiores virtudes: a valentia. Talvez esteja nessa palavra a principal diferença entre nossa seleção e nosso São Paulo.
E falando em valentia, e essa sim uma perda, não posso deixar de falar de Lugano. Raça, empenho, coragem e virilidade eram suas principais definições. Se hoje já não contamos com ele dentro de campo, contamos com seu exemplo para os mais jovens, seus companheiros e sua torcida lá na Turquia. Boa sorte, Diego.
Ricardo Oliveira também honrou nossas cores. Valente, tentou até o fim defender o São Paulo em um momento decisivo.
E nosso valente goleiro e capitão, Rogério Ceni. Corajoso ao deixar sua meta em busca de um gol que muitas vezes é fundamental, ao declarar seu amor pelo clube e afirmar que não defenderia outras cores, ao superar um revés e brilhar horas depois entrando para a história mundial do futebol como recordista de gols marcados por um goleiro.
Valentia muito bem escrita por Nizan Guanaes, um dos maiores profissionais de propaganda e marketing do país, que ministrou uma palestra motivacional para nossos atletas cujo conteúdo fiz questão de incluir na íntegra nesta edição. Não deixe de ler.
Valentia que se faz necessária também fora de campo. Na dura vida real. Como para superar o acidente que envolveu nosso goleiro Bruno e levou nossa jovem promessa Weverson. A mais dura das derrotas.
Valentia que nos exige tomadas de decisão firmes e rápidas mesmo que não sejam entendidas ou aceitas por todos imediatamente, como o recente reajuste nas mensalidades de nosso clube. Nosso déficit alcançava patamares inaceitáveis que caíram pela metade após o reajuste.
Mesmo assim, ainda há muito a ser feito até chegarmos ao nosso objetivo final: o zero, déficit zero. O único zero no placar que nós queremos. E que vamos buscar com trabalho em equipe, planejamento, raça e valentia. Tal qual nosso time quando entra em campo. Valente e conquistador.
Juvenal Juvêncio Presidente do São Paulo Futebol Clube