Peço licença aos amigos do Tricolormania para falar nesta minha coluna, sobre um jogador que não é do nosso time.
Ele é um nome que representa quase unanimidade, por sua competência (enquanto atleta profissional). Mas atestarei o que vi e presenciei: Sua honestidade (enquanto cidadão) e, doçura (enquanto ser humano, ídolo e, pai de família).
Marcos chegou lá em São Sebastião, meu refúgio no paraíso em quase todos os finais de semana, acompanhado do meu genro - de quem é grande amigo - e do companheiro de clube, Adriano Chuva. Todos com as respectivas famílias (mulher e filhos). Marcos levou também: a sogra, a cunhada e seu filho de 10 anos e, outro amigo particular, originário da sua cidade interiorana e que mora com Ele, aqui em SP. Demos um jeito de acomodar a todos mas temi que, pelo natural aperto, deixasse alguém contrariado.
O goleirão cativa qualquer pessoa, por seu ar transparente e sincero. Por sua alegria contagiante e pelo modo simples de ver as coisas mais complicadas na vida de qualquer um, como as relações profissionais e familiares. Às vezes parece uma criança, como quando joga areia nos meninos (em meu neto e em seu sobrinho), saindo correndo da revanche que os garotos tentavam em vão, simplesmente por não o conseguirem alcançar. De criança, a um consagrado atleta penta campeão do mundo (a se tirar pela última Copa, o melhor em sua posição), modifica-se num segundo quando pára com qualquer atividade que esteja fazendo para atender com extrema atenção aos fãs que o abordam – alguns até inconvenientemente, usando o telefone celular para chamar pessoas ausentes que idolatram o Marcos, pedindo para que Ele fale com quem nem está vendo ou conhece – pedindo autógrafos, camisas e souvenires diversos. Não satisfeitos, fazem perguntas que deixaria qualquer um alterado ou em “saias justas”. Mas o Campeão tira tudo de letra, com seu jeitão simplório e simpatia sem par. Modifica-se também, rapidamente, de jogador idolatrado a pai de família, dando extremo carinho à sua companheira e sua linda filhinha Ana Júlia. Logo depois volta a ser um jovem à procura de aventura, quando vai sentar-se à proa da lancha e com os braços abertos imita a personagem do filme Titanic.
Ao seu lado não existe tristeza. As respostas sempre inteligentes, simples e muito bem humoradas, fazem com que todos dêem risadas e queiram ficar mais tempo ao seu lado. Político, não exteriorizou torcer contra o SPFC, no jogo de sábado contra o Inter do RS, apesar do benefício que um tropeço nosso, traria ao seu próprio time. Notava-se que estava tentando “secar”, apenas pela fisionomia quando pega de surpresa. Mas torceu loucamente pelos seus companheiros no jogo contra o Flamengo e admirou-se com a efusividade com que comemorei o empate do Grêmio, tirando dois pontos de grande importância daquele se transformaria no virtual campeão brasileiro (Atl. Pr.), colocando o nosso tricolor de novo, na briga pelo caneco.
Despediu-se esta manhã de segunda feira com a responsabilidade de quem tem que se reapresentar à sua comissão técnica no horário estabelecido, preocupado com o que deveria fazer para atenuar a naturalmente esperada crise que duas derrotas em casa, para últimos colocados (Guarany e Flamengo), pode trazer. Pensava com coleguismo, em como ajudar a reverter as coisas mesmo sem jogar, pois recupera-se de uma complicada cirurgia na mão lesionada.
Demonstou interesse no sucesso do seu time, carinho pela sua torcida (nossa rival), vontade de dar força aos colegas. Ao falar sobre o meu ídolo Rogério Ceni, só teve palavras elogiosas. O mesmo para com o rival da posição no seu próprio time, Sérgio.
Enfim, Marcos é tudo o que um cidadão de bem deve ser. Fiquei muito impressionado com tudo isto, pensando em quantos jogadores e artistas que nunca chegaram ao topo, e mesmo assim exteriorizam uma empáfia incondizente com sua posição no estrelato dos atletas, que o Marcão alcançou com a tranquilidade que só os grandes e altamente competentes alcançam.
Salve São Marcos. (Para não ter que torcer contra Ele, quero que nunca mais nos enfrente.) Volte sempre que a casa é sua, apesar de ser dos sãopaulinos e bem receber qualquer amigo que torça para outra equipe.
Luiz Antonio.
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