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Um Dia para Ser Lembrado Eternamente

Por DARIO CAMPOS (redacao@mauroivan.com.br)


Amanhã, decidimos a vaga para a final da Libertadores no campo do inimigo.
Em vocês, que compõem a delegação do São Paulo, alguns poucos em meio a milhares de hinchas sedentos de vingança, depositamos nossas esperanças.

Vocês atravessarão uma cidade tomada de cores que nos são caras, mas que estranhamente serão arredias. Em vez da paixão de milhares e do hino de que tanto nos orgulhamos, gente vestindo vermelho, branco e preto gritará palavras de ordem, emitirá urros aterradores, provocará uma tempestade de objetos, ameaçará a integridade, talvez a vida de cada um.

Repentinamente, vocês avistarão o temido Monumental, e serão levados a uma pequena entrada lateral, cercada de inimigos, mal contidos por policiais igualmente pouco amistosos. Será exatamente a sensação de penetrar no Inferno.

Não haverá enxofre, mas talvez haja éter. Não haverá fogo, mas o gramado provavelmente estará molhado para nos dificultar as coisas, e demônios, ah, isto haverá, em número de 70.000.

Tudo estará contra, a não ser por alguns corajosos abnegados, que nem bem chegarão a uma centena, em um canto distante das arquibancadas. Lá dentro, vocês serão 11, mais uma dezena no banco, incluindo a comissão técnica. E o resto contra. O nome River Plate ecoando nas arquibancadas, as ofensas cantadas em coro, e nada mais. Certo?

Errado!!!

Ao entrar em campo, ouçam com muita atenção, meus caros Rogério, Fabão, Lugano, Alex, Souza, Mineiro, Josué, Júnior, Danilo, Luizão e Amoroso. Ouçam, também, cada um de vocês, que esperam sua chance no banco, cada um de vocês da comissão técnica. Escutem com atenção o que estará por trás dos berros em castelhano. E vocês escutarão o coral sonoro de 9 MILHÕES DE SÃO PAULINOS de todo este país, entoando um hino bem conhecido. E, em meio a esse coral harmonioso, vocês poderão discernir as vozes de seus pais, seus amigos, suas mulheres e filhos, sofrendo e torcendo por vocês e com vocês.
E, ao final, o silêncio tomará o Monumental e, como se aquelas dezenas de tricolores nas arquibancadas tivessem se transformado em 9 milhões, vocês escutarão a canção que os fará sentir-se no Morumbi: ÔÔÔÔÔÔ, Ô – Ô – Ô – Ô, Ô – Ô – Ô – Ô, Ô – Ô – Ô – Ô, É TRI-CO-LOR... Ô – Ô – Ô – Ô, Ô – Ô – Ô – Ô, Ô – Ô – Ô – Ô, É TRI-CO-LOR.

Lembrem-se: VOCÊS JAMAIS CAMINHARÃO SOZINHOS!!!

Até a volta, guerreiros. Estaremos aguardando.

Abaixo, uma homenagem aos nossos jogadores. Uma adaptação do discurso de Henrique V a seu exército na Batalha de Azincourt (ou Agincourt, para os ingleses), na versão dramática de Shakespeare. Quem conhece a história sabe: os ingleses, em grande inferioridade numérica (10.000 soldados contra 60.000 franceses) e cercados, foram levados pela capacidade de liderança e estratégica de Henrique V a uma esmagadora vitória.

Seria ume excelente preleção...

“Medo? Que é o medo senão a saliva que engolimos antes de nos atirarmos à batalha?
Somos algumas dezenas em meio a 70.000 inimigos?
Pois digo: se estamos destinados a morrer, não há necessidade de perder mais homens do que aqueles que vão ao Monumental; e , se devemos vencer, quanto menor é o nosso número, maior será a glória para cada um de nós que ali estiver.
Por Deus! Não desejemos nenhum homem a mais em Buenos Aires, no campo ou nas arquibancadas!
Não é ouro o que buscamos, não é riqueza, não é nada que nos alimente ou faça prósperos. Bem sabem todos aqueles que anseiam pelo apito final, que as coisas materiais, a fama ou a vaidade não encontram abrigo entre as nossas preocupações
Mas, se a ambição por HONRA é pecado, somos as almas mais pecadoras que existem.
Por Deus e pela fé que lhe depositamos, não desejemos nenhum homem a mais em Buenos Aires. Que sejam poucos, ínfima minoria cercada pelas hordas do inimigo. Cada um dos 11 que envergarem o uniforme vermelho, branco e preto, e cada um daqueles que se arriscarem nas arquibancadas certamente vai querer levar consigo um orgulho que não gostaria de compartilhar com mais ninguém.
Não desejemos, insisto, nenhum homem a mais! Que fique claro, desde já, que aquele que não for com alma e coração à luta pode se retirar: vamos dar-lhe um passaporte e poremos na sua mochila uns trocados para a viagem; não queremos morrer na companhia de um homem que hesite em aceitar morrer como companheiro nosso.
É o dia de SÃO PAULO.
Travaremos batalha no dia da festa de SÃO PAULO. Todos aqueles que sobreviverem a toda uma cidade, a milhares de oponentes furiosos, voltará são e salvo ao seu lar e se colocará na ponta dos pés quando se mencionar esta data, pois crescerá sobre si mesmo ao ouvir este nome: SÃO PAULO.
Cada atleta e torcedor que sobreviver e chegar à velhice, a cada ano, na véspera desta data, convidará os amigos e lhes dirá, olhos turvos de lágrimas e orgulho: “Amanhã é dia de SÃO PAULO”. E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: “Recebi estas feridas no dia de SÃO PAULO.”
Alguns talvez esqueçam, mas aqueles que não esquecem se lembrarão com satisfação das proezas que levaram a cabo naquele dia. E, então, os nomes de nossos guerreiros serão tão familiares para milhões de pessoas, como se fossem parentes seus: Rogério, Fabão, Lugano e Alex; Souza, Mineiro, Josué, Júnior e Danilo; Amoroso e Luizão.
Pelos séculos dos séculos, eles permanecerão vivos e serão saudados com o brinde que faz estalar os copos.
O bom homem ensinará esta história ao seu filho, e desde este dia até o fim do mundo, o 29 de junho, a festa de SÃO PAULO nunca chegará, sem que venha associada à nossa recordação, à lembrança do nosso pequeno exército, de nossa tropa de IRMÃOS.
Aquele que não medir esforços, que enfrentar o temor e der hoje o seu sangue pela camisa tricolor, ainda que tenha cometido os maiores erros, por mais que me tenha ofendido, passará a ser meu IRMÃO.
Esta luta enobrecerá todos os guerreiros que pisarem o gramado argentino.
Todo aquele que não tiver enfrentado a pressão, as agressões, os paus, as pedras, os tiros e as ameaças, todo aquele que não estiver sofrendo, a cada minuto, irá se considerar maldito por não ter estado ali.
A partir deste 29 de Junho, a cada dia, de cada mês, de cada ano, todos aqueles que não estiverem presentes ao Monumental de Nuñes, ou que não enfrentarem a angústia diante de um aparelho de rádio ou TV, sentir-se-ão menores sempre que ouvirem falar daqueles que combateram por nós, por nosso time e por nossa glória, no dia de SÃO PAULO.”


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